Descalça...
E andar descalça na areia dos sonhos
Sentindo na planta dos pés
A aspereza do permitido
Roçando de leve a consciência
Seduzida por segundos
Pela maciez do proibido
E neste paradoxo de possibilidades
Deixar marcas indeléveis
No exato limite do aceitável
E quando o torpor da fantasia invadir o corpo
Jogar-se entregue nas ondas do destino
Ignorando a bandeira vermelha do medo
Deixando que o mar da vida lave a alma encardida pelo sofrimento
E devolva a leveza da esperança perdida
São esses pequenos goles de silêncio
Que nos permitem atravessar, ilesos, os desertos da existência
Foto by Sheila Cristina Andrade Scheibel - Praia do Santinho/Florianópolis/SC - 23/03/2009